sábado, 11 de abril de 2009

AS MINHAS HISTÓRIAS ( III )

RODOLFO

O dia amanheceu sem núvens e com uma temperatura que deixava adivinhar excelentes perspectivas para as horas que se seguiriam.
Rodolfo abriu o olho esquerdo, o quarto estava mergulhado numa leve penumbra que o deixou distinguir perfeitamente quase toda a mobília. Seguidamente abriu o olho direito; Rita estava,como sempre, deitada a seu lado.
A janela do quarto encontrava-se entreaberta,o que lhe permitiu aperceber-se de que, com um pouco de sorte, uma ida até à praia seria bastante provável.
Não se esticou, encolheu-se e chegou-se ainda mais à companheira que há vários anos partilhava consigo os bons e os maus momentos da vida.Era bom sentir o calor daquele corpo ali a seu lado. Rita submetia-se a tratamentos de beleza duas vezes por semana e o seu corpo perfumado exalava sempre um suave e agradável odor.
A voz de D. Judite, a governanta soou um pouco mais tarde, como habitualmente : - O pequeno- almoço está no prato.Morninho...
Rodolfo fingiu não ouvir. Se se sentia tão bem encostado a Rita, para quê levantar-se ? Sabia que a governanta o deixaria ficar mais uns momentos na cama.
Da segunda vez a voz de D. Judite soou mais determinada : - Vá lá,nada de mandrice !Toca a levantar! Rita, não finja que não ouve!
Rodolfo foi o primeiro a levantar-se;espreguiçou-se e a custo dirigiu-se primeiro para o quintal da casa.Já totalmente desperto deparou com o gato da vizinha em cima do muro que separava os quintais.
Foi então que desatou a ladrar tanto que acordou a vizinhança .

1 comentário:

  1. Muito interessante a caracterização do espaço e o crescendo para o "grande final"... Sorri-me, e pensei: o sacana enganou-me!
    Abraço.
    António

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