quinta-feira, 2 de abril de 2009
Divulgando poesia ( III )
GUEVARA
Não choro, que não quero
Manchar de pranto
Um sudário de força combativa.
Reteso a dor, e canto
A tua morte viva.
A tua morte morta
Pelo próprio terror em que ficaram
À sua frente
Aqueles que te mataram
Sem poder matar o combatente.
O combatente eterno que ficaste,
Ressuscitado
Na voluntária crucificação.
Herói a conquistar o inconquistado,
Já sem armas na mão.
Quem te abateu,perdeu a guerra santa
Da liberdade.
Fez brilhar na manhã do mundo inteiro
Um sol de redentora claridade:
O teu rosto de Cristo guerrilheiro.
Miguel Torga
11 de Outubro de l967 in DIÁRIO, X volume
- Também tu, Torga ?!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O nosso Miguel Torga teve pena de não ter sido um combatente como nós. Em 1967, ainda estávamos em Angola...
ResponderEliminarSe me deres licença (falo do "alto" da minha experiência), fazia-te duas sugestões: não uses textos muito longos e inclui sempre, se possível, uma foto ou vídeo, por exemplo do youtube.
Porque não escreveste o comentário no meu blogue e usaste o correio pessoal?
Grande abraço.
António